É meu banquete de covardia
Fraturando sonhos
Na verdade é vergonha
De desobscurecer
O dia
É sempre esperar o pontapé
De um
de outro
Do destino
É medo de ficar como já está
E mais sozinha
Catando nos lixos da alma
Meus significados
Há de se deixar
o que deve ser
E quem quiser ficar...
Já me conformei
Sempre serão poucos
E eu me alugo
(nunca vendo)
A esses mundos maciços que nem são meus
São cheios do que é ou que não é
No fim querem só se divertir a qualquer custo
E não querem nada
Porque estão sempre prestando atenção no que menos importa?
E fazendo aqueles planos absolutamente chatos
Ou qualquer coisa que nunca
É coisa alguma
Qualquer coisa que nunca é inquietação
Sonho ou utopia!
Mas sempre intermediados por algum tipo de consumo
compulsivo
De drogas lícitas
que antes de entorpecerem a razão
já são excelentes pra deixar qualquer um mais chato
E eu andando no meio desses co(r)pos
Pedindo socorro
Vou-me direcionando ao desespero
Quando de qualquer desculpa
Surge o ônibus
O único coletivo
Que me transporta
à inevitável
solidão
ufa!
E então recomeçam os problemas
Dos males
O maior